#2 Eu, Robô – Livros clássicos, baratinhos e inesquecíveis que todo Geek deveria ler!

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#2 Eu, Robô – Livros clássicos, baratinhos e inesquecíveis que todo Geek deveria ler!

por Cristina Morishita

O escritor Isaac Asimov, em suas obras de ficção científica social, distancia-se significativamente do clichê “robôs assassinos ao estilo Robocop” e abre caminho para discussões éticas, na verdade cronologicamente inverso, uma vez que Asimov cunhou o termo robótica. Dessa ideia, surgem as possibilidades de como a robótica pode auxiliar a vida humana e quais novas subjetividades que surgem da relação entre humanos e robôs humanóides.

Isso não significa que os robôs não se rebelem em suas obras, mas a problemática é explorada de forma bem diferente. Por exemplo, a personagem Susan Calvin, presente em vários contos (cinco dos nove presentes nesse livro), é uma personagem que realmente acredita na relação pacífica entre humanos e robôs. O que na leitura acaba sendo curioso, já que eu a descreveria como uma mistura de Cristina Yang e Marie Curie. Esse é o lado bom dos livros, cada um imagina os personagens como quer, né?!

Já os filmes precisam superar as expectativas, e, em linhas gerais, fiquei bem satisfeita com a versão cinematográfica desse livro. Como é um clássico dos anos 90, tendo Will Smith como protagonista, você provavelmente assistiu a esse filme na Sessão da Tarde ou Tela Quente. Se você não é dessa época, o filme está disponível no Telecine (Agosto/21).

Dicas para adquirir:

Se você deseja fazer um intensivão das leituras de Isaac Asimov, primeiro precisa de um tempão, porque ele escreveu muito em quase todos os gêneros. O site https://euasimov.com/, tem toda a obra do autor organizada em ordem cronológica pra te ajudar nessa empreitada.

Considerando as cotações de agosto/21, esse livro está disponível na maioria dos sites por R$ 29,90 em sua última edição em português. Versões anteriores podem ser encontradas em sebos por R$ 15,00.

Para os fãs do Pinterest, os memes do filme, são clássicos e rendem ótimas piadas para os nerds da geração cringe. Segue o meu preferido:

E a pergunta que não quer calar – O que a Alexa responderia ao Detetive Del Spooner? Meu palpite – Vou te apresentar minha amiga Ai-Da, e você deveria seguir o Shimon no Spotify.

O que ela respondeu: – Não tenho nenhuma resposta para isso.

Bem, ainda precisamos evoluir muito.

Li recentemente, um artigo do Pyr Marcondes publicado pela MIT Technology Review, que abordava as diferenças entre IAs e os humanos. Para o autor, a inteligência artificial será sempre burra. E particularmente, eu não sei. O que é ser “burro”? Ainda vivemos em uma sociedade que destrói a própria casa para adquirir riquezas que inventamos e que não podem ser levadas para a eternidade. Permitimo-nos sermos dominados por ditadores e que milhares de nossos semelhantes morram de fome e frio.

Há quem afirme que ser humano é ser sozinho (como argumentado por Nietzsche) ou como por uma grande comunidade global. E temos uma infinidade de situações que ambas as premissas são verdadeiras, que algo mais maluco que isso?

Como nos relacionamos com a perspectiva dos avanços da robótica é uma discussão altamente profícua, em nossa sociedade múltipla, dialética, contraditória e humana, talvez devêssemos assim como Asimov usar nossa capacidade até então exclusivamente de sonhar, para pensar as máquinas como fonte de melhoria da nossa condição de existência e fonte de melhorarmos nossa forma de sermos e estarmos nele.

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